Muitas – ou a maioria – das doenças que acometem os seres humanos são causadas por eles próprios.
Embora a carga genética possa revelar predisposição para certas doenças, o fato é que a ciência tem evoluído cada vez mais no sentido de apontar que várias das patologias que acometem as pessoas têm como causa um estilo ruim de vida, resultado de uma multiplicidade de fatores que estão na inteira responsabilidade e raio de influência de cada um de nós.
Falta de exercícios físicos (sedentarismo), combinada com alimentação péssima (regada a alimentos ultraprocessados, transgênicos e com excesso de aditivos químicos), e mais falta de sono adequado, estresse psicológico etc. etc. etc., são fatores que, adicionados, um ao lado do outro, podem causar severas consequências à saúde física das pessoas.
E não adianta ter todo o dinheiro do mundo.
Hábitos ruins geram doenças e enfermidades que, na maioria das vezes, nem todo o dinheiro do mundo é capaz de curar.
O texto de hoje é um convite à reflexão sobre o que você faz no seu dia a dia. Você está realmente cuidando bem de sua saúde? Ou a está destruindo?
Perceba, não estou falando aqui de ter o melhor plano de saúde do mundo: de nada adianta você ter capacidade financeira de se consultar com grandes especialistas se você opta conscientemente por destruir a sua saúde.
Os efeitos de péssimos hábitos com a alimentação, o sono, a atividade física, o controle do estresse, são cumulativos e um dia a conta chega.
Imagina uma pessoa que, com 20 anos de idade, faz tudo errado com sua saúde física. Diariamente, no café, almoço, lanche da tarde e jantar, come tudo errado. Não se alimenta de vegetais, opta sempre por frituras e alimentos ruins do ponto de vista nutricional. E ainda toma refrigerantes com açúcar. Lanches da manhã e da noite? Se entope com salgadinhos e comidas lixo. Não toma água. Bebe destilados com frequência. São uns 10 hábitos diários praticados de forma errada, só com alimentação.
Mas vamos além. Ela também não se exercita, não faz academia, não faz caminhada, nada. Mais um hábito diário errado. Somado com os 10 hábitos errados da alimentação, já são 11 hábitos diários errados.
Além disso, adivinha…. ela dorme 5 horas por noite de segunda a sexta, e nos finais de semana, vara as madrugadas bebendo em bares. Mais uma decisão errada diária: já são 12. Por dia.
Ela fuma (mais uma decisão errada), se estressa por qualquer coisa, explodindo com as pessoas (outra decisão errada), fica no celular de 6 a 8 horas por dia (mais uma). Total: umas 15 decisões erradas por dia.
Em um ano, a quantidade de decisões erradas com a sua própria saúde ultrapassa facilmente a marca de 5 mil. Multiplique isso por 20 anos, e você chegará a mais de 100 mil decisões erradas.
Muitas pessoas nascem com um maquinário, oferecido pela natureza e pelos seus ascendentes, perfeito biologicamente. Mas as decisões desastrosas tomadas ao longo de uma vida podem fazer esse maquinário se deteriorar tanto, a ponto de seus órgãos internos pararem de funcionar completamente. O que leva à necessidade, muitas vezes, de um transplante de órgãos.
Não vou entrar no mérito aqui de pessoas famosas que precisaram recorrer a medidas extremas como transplantes, e se furaram a fila ou não. O propósito do texto de hoje não é esse.
A finalidade do texto de hoje é provocar uma reflexão em você: suas decisões diárias a respeito da saúde estão te trazendo vitalidade para o seu dia a dia?
Se você mantiver seus atuais hábitos alimentares, de exercícios físicos, de sono e de controle do estresse, como você se imagina daqui a 50 anos? Com saúde pra dar e vender? Ou correndo riscos que poderiam ser evitados?
Não se engane: seu eu do futuro depende muito mais do seu eu do presente do que você imagina. Cuide mal de sua saúde, e a natureza (de seu próprio corpo) te responderá à altura, de forma proporcionalmente negativa a aquilo que você fez com ela.
Por outro lado, cuide bem de sua saúde, e você colherá igualmente os dividendos.
A decisão é sua.
Boa semana!
O post Mais de 100 mil decisões erradas ao longo de uma vida podem te levar a um transplante de coração apareceu primeiro em Valores Reais.